terça-feira, 7 de julho de 2015

ENADE 2011 – Ciências Sociais – Questão 9.

Mas esse Estado hobbesiano continua marcado pelo medo. Veja-se a capa da primeira edição de Leviatã (1651), que mostra um príncipe, cuja armadura é feita de escamas que são seus súditos, brandindo ameaçador a espada. Ou veja o próprio nome, Leviatã, que é um monstro bíblico, que aparece no livro de Jó. Hobbes diz: o soberano governa pelo temor (awe) que inflige a seus súditos. Porque, sem medo, ninguém abriria mão de toda a liberdade que tem naturalmente; se não temesse a morte violenta, que homem renunciaria ao Direito que possui, por natureza, a todos os bens e corpos?
WEFFORT, F. C. Os clássicos da Política, v. II. São Paulo: Atlas, 2008 (com adaptações).

Com relação ao Estado hobbesiano e às ideias de Hobbes, conclui-se que:
(    ) O pavor e o medo são as características mais marcantes desse Estado, em que o soberano é impiedoso.
( x ) O medo presente no Estado hobbesiano não aterrorizaria os indivíduos, já que o medo, para Hobbes, é inerente ao estado da natureza quando, sem normas, se vive em pavor eterno.
(    ) Ao utilizar o expediente do temor para conduzir seus súditos à ordem, o soberano expõe toda a fraqueza de um Estado sem leis.
(   ) Existe uma simbiose entre norma e razão, e cabe ao soberano estabelecer e aplicar a distinção entre esses dois elementos.
(    ) O Estado hobbesiano pode ser identificado em determinadas nações contemporâneas, nas quais o soberano se apropria não apenas do poder mas, sobretudo, da liberdade de seus súditos.


Questão – 00294.

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