O lavrador de Ribeirão Preto recebe, em média, R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 80, esse trabalhador cortava cinco toneladas de cana por dia. Com a mecanização da colheita, o obrigou a ser mais produtivo. O corta-cana derruba agora oito toneladas por dia. O trabalhador deve cortar a cana rente ao chão, encurvado. Usa roupas mal ajambradas, quentes, que lhe cobrem o corpo, para que não seja lanhado pelas folhas da planta. O excesso de trabalho causa a
birola: tontura, desmaio, cãibra, convulsão.
A fim de aguentar dores e cansaço, esse trabalhador toma drogas e soluções de glicose, quando não farinha mesmo. Tem aumentado o número de mortes por exaustão nos canaviais. O setor da cana produz hoje uns 3,5% do PIB. Exporta US$ 8 bilhões. Gera toda a energia elétrica que consome e ainda vende excedentes. A indústria de São Paulo contrata cientistas e engenheiros para desenvolver máquinas e equipamentos mais eficientes para as usinas de álcool. As pesquisas, privada e pública, na área agrícola (cana, laranja, eucalipto etc.) desenvolvem a bioquímica e a genética no país. (Folha de S. Paulo, 11/3/2007 - com adaptações).
Confrontando-se as informações do texto com as da charge acima, conclui-se que:
( ) A charge contradiz o texto ao mostrar que o Brasil possui tecnologia
avançada no setor agrícola.
( ) A charge e o texto abordam, a respeito da cana-de-açúcar brasileira,
duas realidades distintas e sem relação entre si.
( ) O texto e a charge consideram a agricultura brasileira avançada, do
ponto de vista tecnológico.
( ) A charge mostra o cotidiano do trabalhador, e o texto defende o fim
da mecanização da produção da cana-de-açúcar no setor sucroalcooleiro.
( x ) O texto mostra disparidades na agricultura brasileira, na qual convivem alta tecnologia e condições precárias de trabalho, que a charge ironiza.
Questão – 00797.
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